domingo, 16 de janeiro de 2011

Madrid siempre

Voltar a Madrid é sempre tão monumental como a própria cidade.
Dezembro de 2010. O bulício é tremendo rua abaixo, rua acima. Parece que todas as famílias madrilenas têm essa tarefa diária como obrigatória. Da janela da "Hostal" vejo directamente para a grande praça das Puertas del Sol - um mar de gente animada e barulhenta que fala alto, ri e come o que por ali se vende. A maior enchente acontece entre o final do trabalho e a hora de jantar. Sedentos de rua e de animação rumam à sua cerevejaria de eleição para "una copa" com os amigos.
Madrid = arte. Digno de nota nesta curta visita: Círculo das Belas Artes, na Gran Via, onde se podem ver exposições temporárias e visitar as salas Goya e Picasso. Tomar uma refeição aqui foi uma experiência curiosa. Mesmo sobre a maior avenida da cidade, do lado de dentro dos grandes vidros do restaurante fino, mas despretencioso, estava quente e ouvia-se falar de política, actualidade e arte. Comemos uma sanduíche e bebemos uma cola. O Prado estava rodeado por uma serpente humana de filas intermináveis. Ver a grande exposição de Renoir, tournou-se, rapidamente, numa tarefa impossível. Além disso, andava com o auxílio de muletas, devido a uma entorse, o que não ajudava muito. Foi a Caixa Madrid Forum que nos compensou desta desilusão momentânea - uma exposição de fotografia dedicada à infância no mundo. Aí ficam algumas.
A noite na zona Sol é inigualável. Este é, para mim, o verdadeiro conceito de sair à noite. Os bares, todos de portas abertas, convidam qualquer um a entrar. Lá dentro um ambiente descontraído, uma lista imensa de tapas, vinhos e cervejas. Impossível não comer dois ou três e beber uma garrafa de "rioja" tinto.
Voltarei.
http://www.circulobellasartes.com/